Orelha Negra junta Sam the Kid, Fred, Francisco Rebelo e João Gomes (Cool Hipnoise) e o DJ Cruzfader.
A Orelha Negra tem outra maneira de ouvir a história da música: aprendeu na música carregada de alma e de groove,
aprendeu no espírito fracturante do hip hop, aprendeu no legado singular da música portuguesa e apoia-se na invulgar interacção entre groove programado e impulso real. Aqui o ritmo tem um papel muito importante: o funk suado, sincopado e repetido que serviu de fundação a uma revolucionária história está sempre lá, mas a Orelha Negra nasce de uma pesquisa no passado impresso em vinil e isso significa também José Mário Branco e Paulo de Carvalho, José Afonso e Duo Ouro Negro.
Um dos mais interessantes projectos de que há memória em solo nacional. A Orelha Negra opta por sublinhar a base instrumental que tantas mensagens suportou, e encara-a a ela mesmo como uma mensagem, sabendo que o funk é mesmo bom para suportar estas viagens no tempo. Como dizia Eduardo Nascimento: “ouçam”!
